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domingo, janeiro 06, 2008


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sábado, agosto 14, 2004


Atenas 2004 - A primeira medalha para Portugal



Sérgio Paulinho, campeão nacional de contra-relógio conquista a medalha de prata na prova de estrada aos 24 anos.

Trata-se da 18ª medalha olímpica para Portugal e a primeira na disciplina do Ciclismo.

terça-feira, agosto 03, 2004


Novas Realidades?

> Em Itália, o Nápoles outrora campeão de Itália - nos tempos Diego Maradona - viu-se declarado como oficialmente falido pelo Tribunal de Comércio da cidade de Nápoles. Irá desta forma descer de divisão e muito provavelmente mudar de nome.

> Por cá é o Salgueiros que é relegado à Zona Norte da IIb («Segunda Divisão B») devido ao incumprimento de uma dívida à Liga Portuguesa de Futebol Profissional numa decisão de secretaria.

Se o caso do Nápoles não constituiu propriamente uma novidade nas paragens transalpinas, quanto ao caso português uma dúvida fica no entanto no ar: fosse outro o clube em causa (um dos chamados «grandes», a título de exemplo) e a sanção sería idêntica?


quarta-feira, julho 28, 2004


Agora Ricardo Carvalho - Série Alucinante



Tem sido um defeso alucinante com valores nunca vistos neste roseiral à beira mar plantado:

> Primeiro foi a transferência de José Mourinho que constitui novo record para a transferência de um treinador, a render de imediato 5 milhões de euros aos cofres do Dragão.

> Seguiu-se-lhe a transferência de Paulo Ferreira que passava a constituir novo record de uma transferência de um jogador da superliga: 20 milhões de euros. Ultrapassava assim as marcas de Jardel e Nuno Gomes a rondar respectivamente os 16 e os 18 milhões de euros.

> Havía mais: Deco numa transferência avaliada de 21 milhões de euros mas que acabaría por se traduzir em apenas 15 milhões dado que a transferência acabaría por englobar a vinda de Ricardo Quaresma avaliado em 6 milhões de euros.

> E para quebrar os 21 milhões de euros só mesmo... Ricardo Carvalho. Os anteriores records foram pulverizados e a marca passa agora a situar-se nos 30 milhões de euros (cerca de 6 milhões de contos na moeda antiga). Esta é também uma das transferências mais caras de sempre a nível mundial num defesa.

Temos assim um encaixe financeiro da ordem dos 70 milhões de euros... numa só época. Verdadeiramente alucinante!...

Ainda a este propósito refiram-se 'modestas' aquisições do F.C.Porto que apenas 'beliscam' aquele encaixe: as mais visíveis serão as de Seitaridis (3 milhões de euros), Diego (8 milhões de euros) e Postiga (4.5 milhões). O total das aquisições do F.C.Porto não deverá ter ultrapassado os 20 milhões de euros.

O mais surpreendente é que na casa do Dragão ainda moram mais dois galácticos - Costinha e Maniche - que assim numa avaliação grosseira valerão certamente, em conjunto, pelo menos uns 30 a 40 milhões de euros.

terça-feira, julho 27, 2004


Maniche - Golo do EURO'2004



Compensando o facto de ter sido preterido face a Zagorakis na escolha para o melhor jogador do torneio onde Maniche era um sério candidato juntamente com Ricardo Carvalho, o fabuloso golo apontado por Maniche frente à Holanda acabou sendo o escolhido para golo do torneio.

Este golo sucede aos fantásticos golos como o de Marco Van Basten no Europeu de 88, aos de Brolin e Gascoigne dos Europeus de 92 e 96 e ao golo de Figo frente a Inglaterra no Euro'2000.


quarta-feira, julho 07, 2004


Ranking da FIFA simpático para Checos e Gregos





Já está disponível o Ranking da FIFA no pós Euro2004 e os maiores beneficiados são a República Checa que sobe 7 posições e ocupa agora a 4ª posição e a Grécia, a maior subida, agora em 14ª subiu nada mais nada menos do que 21 posições com a campanha do Euro.

As 3 posições cimeiras mantêm-se inalteradas: Brasil, França e Espanha respectivamente. A Holanda por seu turno mantém igualmente a 5ª posição. Quanto a Portugal que se encontrava em 22º, subiu 10 posições ocupando agora o 12º lugar no ranking mundial.

De recordar que dentro de sensivelmente um mês deveremos ter novas fortes mexidas com o decurso da Copa América que poderá reordenar as selecções sul-americanas.


Quaresma de regresso à Superliga





É o regresso de uma jovem promessa do futebol português à Superliga. Formado no Sporting e «lançado» por Boloni, Ricardo Quaresma esteve «encostado» no Barcelona onde não contava com a simpatia do treinador. Agora, regressa a Portugal como moeda de troca na ida de Deco para o Barcelona.

Numa idade sensível, com apenas 20 anos, corria-se o risco de se perder uma grande promessa do futebol português. No F.C.Porto, com quem assinou agora por 5 anos, terá grandes probabilidades de ser titular, e até de brilhar nomeadamente na Liga dos Campeões, a julgar até pelo número do dorsal que lhe foi atribuído... nada mais nada menos do que número 10, o dorsal deixado vago pelo «mágico» Deco.

Quem mais ficou a ganhar com este regresso foi certamente a Superliga... e quiçá a Selecção Nacional.

terça-feira, julho 06, 2004


A Armada Nacional - Maniche, Ricardo Carvalho e Cia





Conforme prometido aqui fica a apreciação da participação de cada um dos jogadores da selecção nacional ao longo desta fabulosa campanha de Euro2004. A cada jogador encontra-se anexo o total de pontos atribuidos aqui no Futebol Online ao longo da competição e a média por jogo.

Maniche - O mais valioso (49 pontos; média 8.2)

De ilustre dispensado a convocado à última da hora, acaba por ser com alguma surpresa que joga a titular nos 6 jogos e encontrando-se entre os jogadores mais utilizados. Foi o mais regular, a par de Ricardo Carvalho, e no computo geral o jogador mais valioso. Sempre a servir de charneira no meio-campo para a circulação da bola soube fazer o trabalho defensivo de recuperação de bola e o trabalho de ataque inclusivé dentro da área ao melhor estilo de um ponta-de-lança. Rematador, viría a realizar um dos melhores golos do Euro num fenomenal remate de longa distância indefensável para Van der Sar. A Europa já reconheceu o seu valor...

Estatísticas: 6 Jogos, 567 minutos, 2 golos, 16 remates, 317 passes, 12 desarmes.


Ricardo Carvalho - Expoente Máximo (45 pontos; média 9.0)

Ausente no primeiro jogo, Ricardo Carvalho entraría frente à Rússia para não mais sair. Para uns o melhor da Europa, para outros o melhor defesa central do Mundo mesmo. O Expoente Máximo da qualidade que tínhamos para oferecer neste Euro. Jogador muito madura, ultra-concentrado, tem qualidade para dar e vender ao ponto de fazer de tudo na defesa desde marcação directa até à dobra dos seus colegas já para não falar de quando faz de lateral. Quando é preciso sabe sair com a bola e empurrar a equipa à sua frente, forte no jogo de cabeça e capaz de remates perigosos. Muito preciso nos cortes, raramente faz falta. Numa posição pouco mediática, Ricardo Carvalho contudo não passa despercebido a ninguém.

Estatísticas: 5 Jogos, 480 minutos, 3 remates, 171 passes, 19 desarmes, 2 cartões amarelos.


Os Restantes...

Deco (46 pontos; média 7.7)

O mágico acusou o desgaste físico nos dois últimos jogos. Tirando isso, foi um jogador determinante em todos os jogos e um dos grandes responsáveis pela maior coesão e entrosamento da selecção nacional. Grande polivalência, é um criativo que tanto ataque como faz trabalho defensivo, muitas vezes numa zona muito avançada do terreno.

Estatísticas: 6 Jogos, 524 minutos, 19 remates, 2 assistências, 296 passes, 27 desarmes, 2 cartões amarelos.


Jorge Andrade (46 pontos; média 7.7)

Muito regular e seguro, esteve ao seu nível praticamente o tempo todo. Um dos melhores centrais europeus, faz com Ricardo Carvalho uma parelha de luxo na defesa. Saiu do Euro sem qualquer amarelo o que é notável para a posição que ocupa e tendo sido utilizado a totalidade do tempo.

Estatísticas: 6 Jogos, 570 minutos, 2 remates, 219 passes, 25 desarmes.


Figo (44 pontos; média 7.3)

O expoente máximo da geração de ouro esteve em grande nível no Euro2004. Acusou algum desgaste o que lhe custou alguma irregularidade nas exibições, umas mais conseguidas outras nem tanto. Muito lutador e ainda tremendamente valioso nos dias sim. Pecadilho: faz cara feia quando é substituído.

Estatísticas: 6 Jogos, 501 minutos, 17 remates, 1 assistência, 213 passes, 6 desarmes, 1 cartão amarelo.


Cristiano Ronaldo (44 pontos; média 7.3)

Ilustre representante da nova geração que aí vem foi uma grande surpresa em determinados aspectos, nomeadamente no capítulo defensivo. Pecadilho: é ainda demasiado individualista.

Estatísticas: 6 Jogos, 418 minutos, 2 golos, 14 remates, 2 assistências, 129 passes, 12 desarmes, 1 cartão amarelo.

Ricardo (43 pontos; média 7.2)

Entrada nervosa frente à Grécia igual ao Ricardo da Super-Liga, essa sería uma imagem para rapidamente esquecer. Acabou por superar largamente as expectativas e no auge atinge o estatuto de herói no épico jogo contra a Inglaterra, resolvido nas penalidades com os punhos (a defender) e os pés (a marcar).

Estatísticas: 6 Jogos, 570 minutos, 6 golos sofridos, 10 defesas, 103 passes, 2 desarmes.

Costinha (40 pontos; média 6.7)

Uns furos abaixo daquilo que é capaz, o Costinha que conhecemos só apareceu a espaços. Irregular neste Euro, deu para vislumbrar o grande jogador que é nos bons momentos de forma.

Estatísticas: 6 Jogos, 459 minutos, 5 remates, 187 passes, 19 desarmes, 3 cartões amarelos.


Nuno Valente (38 pontos; média 7.6)

Outro ausente do primeiro jogo tomou o lugar para não mais o largar nos 5 restantes desafios. Jogador sub-valorizado, o que lhe falta em velocidade tem-no em capacidade de antecipação e em visão de jogo. Cheirou o golo e dois grandes remates que fez, um deles a obrigar o guarda-redes russo a uma defesa complicada.

Estatísticas: 5 Jogos, 480 minutos, 2 remates, 238 passes, 21 desarmes, 2 cartões amarelos.


Miguel (35 pontos; média 7.0)

Igualmente ausente do primeirou jogo tomou a titularidade que lhe foi indiscutivelmente merecida. Teve grandes momentos e também ele cheirou o golo com remates muito perigosos à entrada da área e em velocidade, ao seu estilo. Demonstrou que sabe defender melhor do que dizem. Pecadilho: na final, após a lesão, o querer foi mais forte e não pensou no grupo tanto quanto devía.

Estatísticas: 5 Jogos, 392 minutos, 4 remates, 2 assistências, 176 passes, 20 desarmes.


Nuno Gomes (35 pontos; média 5.8)

Utilizado em todos os jogos, a verdade é que no computo geral a presença de Nuno Gomes foi pobre. Determinante num jogo apenas, contra a Espanha, marcou um único golo. Esteve bem no entendimento com a equipa mas ele entrava para... ponta-de-lança. Nos cruzamentos para a área normalmente nem lá estava!

Estatísticas: 6 Jogos, 252 minutos, 1 golo, 11 remates, 58 passes, 1 desarme, 1 cartão amarelo.


Pauleta (27 pontos; média 5.4)

Primeira opção em todos os jogos em que pode jogar, Pauleta quase marcou vários golos. Mas não se ganham jogos com quase golos e mesmo esses não foram muitos. Foi praticamente um jogador ausente e não esteve inspirado para grande infelicidade nossa, apesar de sabermos que se trata de um grande ponta-de-lança.

Estatísticas: 5 Jogos, 342 minutos, 4 remates, 41 passes, 1 desarme, 2 cartões amarelos.


Rui Costa (26 pontos; média 6.5)

A despedida do Número 10. Entrou mal, apagado, frente à Grécia e deu a volta por cima. A partir daí nunca mais foi titular mas as suas entradas a partir do banco foram sempre conseguidas tendo ficado a sensação de que afinal, podía ter jogado mais minutos. Apesar de tudo despede-se de forma honrosa e com um golo de levantar o estádio frente à Inglaterra. Um dos melhores da sua carreira...

Estatísticas: 4 Jogos, 144 minutos, 2 golos, 9 remates, 110 passes, 4.


Simão Sabrosa (19 pontos; média 6.3)

Não chegou ao Euro em grande forma. No entanto, deu o seu melhor sempre que esteve em campo e a sua participação acaba por ser positiva. Principalmente no jogo contra a Inglaterra. A reviravolta nesse jogo passa por ele!

Estatísticas: 3 Jogos, 166 minutos, 4 remates, 1 assistência, 45 passes, 1 desarme.


Fernando Couto (17 pontos; média 5.7)

Chegou ao Euro como titular indiscutível mas o estatuto durou apenas um jogo. Voltou a entrar apenas mais alguns minutos em dois outros jogos para segurar resultados. A explicação é simples: Ricardo Carvalho.

Estatísticas: 3 Jogos, 98 minutos, 48 passes, 2 desarmes.


Petit (15 pontos; média 7.5)

Enrtou em dois jogos para reequilibrar o meio campo e reforçar a capacidade defensiva, isto é, para segurar os resultados. E cumpriu bem as suas funções nos dois jogos que entrou. Com jogadores bem mais polivalentes como Costinha e Maniche foi difícil a Petit jogar mais minutos.

Estatísticas: 2 Jogos, 35 minutos, 10 passes, 1 desarme.


Paulo Ferreira (11 pontos; média 6.5)

Chegou ao Euro num mau momento de forma. Um mau passe comprometeu o primeiro jogo e custou-lhe a titularidade. O máximo que fez foi jogar q.b. Mas dele esperava-se mais, muito mais.

Estatísticas: 2 Jogos, 137 minutos, 81 passes, 6 desarmes.


Helder Postiga (9 pontos; média 9.0)

Jogou apenas 45 minutos, fez 3 remates dos quais um resultou em golo. Além disso marcou o melhor penalty do Euro. Apenas podemos sonhar com o que podería ter feito caso lhe tivessem sido dadas mais oportunidades!

Estatísticas: 1 Jogo, 45 minutos, 1 golos, 3 remates, 13 passes, 1 desarme.


Rui Jorge (4 pontos; média 4.0)

De todos quantos chegaram a entrar em campo, a prestação mais pobre. Não há muito a dizer sobre o que Rui Jorge fez...

Estatísticas: 1 Jogo, 90 minutos, 49 passes, 2 desarmes.



No geral, os nossos rapazes tiveram uma participação gloriosa. É certo que não arrecadaram o «caneco» mas sempre obtiveram o melhor resultado de sempre e fizeram-nos sonhar. Os jogos contra a Espanha e, principalmente contra a Inglaterra, foram memoráveis e pontos altos do nosso Futebol!

Fica para a história aquela vez que quase chegamos lá!... Foi em 2004!


segunda-feira, julho 05, 2004


Nem um premiozinho de consolo...

Melhor Jogador do Euro2004 - Zagorakis (Grécia)

A UEFA atribuiu a Theodoros Zagorakis, médio grego de 32 anos e capitão da selecção helénica, o prémio de melhor jogador do Euro. Além deste prémio, a UEFA nomeou a «equipa ideal» onde têm lugar quatro portugueses: Ricardo Carvalho, Maniche, Figo e Cristiano Ronaldo.

Guarda-redes: Petr Cech (República Checa) e Antonios Nikopolidis (Grécia)

Defesas: Sol Campbell (Inglaterra), Ashley Cole (Inglaterra), Traianos Dellas (Grécia), Olof Mellberg (Suécia), Ricardo Carvalho (Portugal), Georgios Seitaridis (Grécia ) e Gianluca Zambrotta (Itália)

Médios: Michael Ballack (Alemanha), Luís Figo (Portugal), Frank Lampard (Inglaterra), Maniche (Portugal), Pavel Nedved (República Checa), Theodoros Zagorakis (Grécia) e Zinedine Zidane (França)

Avançados: Milan Baroš (República Checa), Angelos Charisteas (Grécia), Henrik Larsson (Suécia), Cristiano Ronaldo (Portugal), Wayne Rooney (Inglaterra), Jon Dahl Tomasson (Dinamarca) e Ruud van Nistelrooij (Holanda)


A Selecção um a um...

Ricardo - 7
Não foi a melhor exibição de Ricardo mas o peso da derrota não cai sobre ele, certamente. É certo que não esteve bem no canto com uma saída em falso mas as culpas terão de ser divididas com quem marcava Charisteas, no caso, Costinha. A Charisteas teve ainda uma saída nos primeiros minutos salvando uma das poucas flagrantes ocasiões de golo dos Gregos. Já numa outra saída largou para a frente o que podería ter saído caro.

Miguel - 6
Noite azarada de Miguel, senão vejamos: aos 13 minutos, a passe de Deco, rompe e à entrada da área remata para o desvio de Nikopolidis. Era a primeira oportunidade de Portugal e Miguel deixou ali a sua marca. Pouco depois choca violentamente com Pauleta dentro da grande área numa oportunidade «destruída» pelo desentendimento. E mais tarde, num choque com Giannakopolous, lesiona-se. E aí, Miguel esteve mal. É certo que quería jogar a final mas, não «obedeceu» a Scolari quando este lhe pediu para se atirar para o chão e roubou minutos de jogo preciosos à Selecção, que assim jogou desfalcada de um jogador importante durante largos minutos. O grupo está primeiro e Miguel, desta vez, não viu isso. A vontade era mais forte e faltou-lhe esclarecimento...

R. Carvalho - 9
Se há jogador que esteve ao seu nível, esse foi Ricardo Carvalho. Impecável como sempre nas tarefas defensivas começa a surgir em posições mais avançadas quando pressente o destino de Portugal. Tentou empurrar a equipa dispensando a qualidade que lhe sobra nas tarefas defensívas para a transformar em algo mais. E a verdade é que quase surpreendía Nikopolidis num excelente remate e, já ao cair do pano, recupera uma bola em posição muito adiantada, originando a jogada de Figo dentro da área já nos descontos. Por ele, Portugal era Campeão Europeu.

J.Andrade - 8
Esteve bem, seguro como sempre. Em bom nível, esteve porém um pouco ausente do jogo pois a solicitação dos gregos naquela zona do terrena não peca pela abundância.

N.Valente - 7
Outro ausente do jogo, este de forma mais pronunciada. Ao culminar de um grande europeu que fez, não fechou com chave d'ouro. Notou-se apenas numa ou outra jogada a sua capacidade de antecipação com a qual colmata alguma falta de velocidade que tenha. Mas teve jogos mais conseguidos durante este Europeu...

Maniche - 8
Não terá sido o melhor Maniche mas foi o Maniche de sempre em energia, esforço e querer. Teve um grande remata a passar muito perto do poste esquerdo de Nikopolidis. No grupo dos que mais merecíam o título de Campeão Europeu.

Costinha - 6
A levar um amarelo demasiado cedo, comprometeu a sua saudável agressividade. O maior pecado terá sido porém a deficiente marcação a Charisteas que deu origem ao golo de cabeça no único canto grego. Esteve bem noutros momentos do jogo mas a exibição, no geral, foi bastante comprometida.

Figo - 7
Uma vontade gigante mas algo distante da sua melhor eficácia. Convém assinalar contudo que teve nos pés algumas das melhores oportunidades de golo do jogo e com grande mérito pessoal. Numa entrada na área, a driblar vários adverários peca apenas pela finalização com remate fácil para Nikopolidis. Numa outra recuperação de bola de Ricardo Carvalho, faz a rotação dentro da área e remate ao lado, muito perto do poste. Faltou-lhe um bocadinho assim para ser aquele Figo que precisavamos para ficar com o «caneco».

Deco - 6
Em claro sub-rendimento, principalmente na segunda parte, Deco acusou bastante o desgaste físico em particular nos dois últimos jogos. Já se tinha notado frente à Holanda e hoje foi talvez ainda mais evidente. Nunca baixou os braços mas a verdade é que, por muito que seja o querer, quando o físico não dá mais...

C.Ronaldo - 6
Noite pouco feliz para Cristiano Ronaldo. É ele que cede o canto que dá origem ao golo grego e é ele que desperdiça aquela que foi talvez a melhor oportunidade de Portugal em todo o jogo. Esteve excelente a desmarcar-se, muito boa recepção e depois atira muito por cima. A partir daí praticamente desaparece do jogo ressentindo-se psicologicamente apesar do constante incentivo de Scolari. De resto, foi demasiado individualista, normal na sua idade. Mas hoje saiu mais caro...

Pauleta - 5
Portugal jogou grande parte do Europeu com 10 jogadores em campo. Porque a posição de ponta-de-lança é para finalizar, meter a bola nas redes. Ora, ninguém nega que Pauleta é um grande ponta-de-lança. Mas neste Euro foi tremendamente infeliz e é algo incompreensível a insistência numa unidade em tão evidente sub-rendimento numa posição tão sensível como é a do ponta-de-lança numa selecção que, historicamente, não prima pela eficácia no capítulo da finalização. Mais estranha ainda é a segunda opção ter sempre recaído sobre quem, no capítulo da finalização, estava apenas marginalmente melhor...

Paulo Ferreira - 6
Não impôs a sua marca. Entrou para substituir Miguel, lesionado, e limitou-se a jogar q.b. num jogo em que era necessário, mais do que nunca, desquilibrar, ir à linha, abrir o jogo. Fê-lo vezes insuficientes e sem a habitual eficácia.

Rui Costa - 8
No jogo de despedida entrou cheio de vontade de desiquilibrar. E conseguiu mesmo alguns rasganços de grande nível. Num determinado momento tentou mesmo replicar o golaço do jogo da Inglaterra mas desta feita o muro era mais sólido e esbarrou nos gregos.

Nuno Gomes - 3
Entrou?

PS: Para mais tarde ficará o balanço final de todos os jogadores portugueses que entraram em campo durante este Euro2004.


Grécia 1 - 0 Portugal :: Surpreendente?... Nem por isso!

A Grécia sagra-se Campeão Europeia com uma amarga justiça!... Amarga porque o seu futebol não prima pela beleza mas antes pela cruel eficácia. Um futebol destrutivo e defensivo que joga nos lances de bola parada e na falha do adversário.

Mas há mérito. Há mérito da Grécia que como equipa (conjunto) e do ponto de vista táctico foi efectivamente a selecção mais sólida deste Euro. E não teve caminho fácil como já tinha sido aqui assinalado hoje.

Primeira Parte - Final Pobre: A primeira parte foi francamente pobre para uma final. O preço a pagar por encontrarmos uma Grécia na final que não tentou sequer surpreender - como fez no primeiro jogo da fase de grupos - mas antes jogou exactamente da mesma forma que serviu para abater a França e a República Checa.

Por seu turno, Portugal apresentou-se apagado face aos jogos anteriores. Aliás, os quatro últimos jogos da selecção nacional foram em decrescendo. Máxima força frente à Espanha no jogo mais conseguido da selecção nacional, ainda grande força frente à Inglaterra no jogo mais entusiasmante e um dos melhores do Euro, já frente à Holanda a jogar q.b. e hoje claramente uns furos abaixo e a não conseguir impor-se. Os minutos pesavam nas pernas de alguns jogadores em sub-rendimento como Deco ou Cristiano Ronaldo. Não por falta de vontade pois estes jogadores chegaram desta forma à final pelo muito que deram ao longo de todo o Euro!

O facto é que a vitória da Grécia começou a desenhar-se na primeira parte pela forma como Portugal não se impôs e porque um 0-0 é um resultado que, com o decorrer dos minutos, se torna cada vez mais favorável à Grécia. Foi assim com a França, foi assim com a República Checa e não foi diferente com Portugal...

O Golo Grego - Lição de Eficácia: E é aos 57 minutos que a Grécia, sem nunca ter tomado conta do jogo, chega à vantagem num golo apontado na sequência de um canto. Um golo que foi certamente bem sentido pelos jogadores portugueses pois estes não podíam não estar conscientes de como sería difícil fazerem a partir de então aquilo que não tinham feito até aí.

Se nunca dominou o jogo, é a partir do golo da vantagem que a Grécia abdica então completamente do jogo. Entrega a bola a Portugal e diz-lhe, de olhos nos olhos, desembrulhem-se desta!...

E não se desembrulharam. Os corajosos jogadores portugueses bem tentaram mas a teia estava demasiado bem amarrada para o nosso futebol, que nunca primou pela eficácia mas antes pela beleza e pelo querer.


domingo, julho 04, 2004


Força Rapazes - Para terminar em Beleza!

Está aí a final do Euro2004 com Portugal, apontado desde o início como um candidato à vitória final e Grécia, desde o primeiro jogo a equipa sensação do Euro!

Pelo caminho e nalguns casos, bastante cedo, ficaram outros grandes candidatos como França (caiu aos pés da Grécia), Itália (não passou da fase de grupos), Inglaterra (caiu aos pés de Portugal), etc.

E não há equívocos: ambas as equipas chegaram aqui por mérito próprio!... Senão vejamos:

A Caminhada de Portugal: Num grupo constituído por Portugal, Grécia, Espanha e Rússia, a selecção nacional tería em teoría grandes possibilidades de passar a par com a Espanha, a outra grande favorita do Grupo. Mas a surpreendente vitória da Grécia no primeiro jogo pertante uma selecção nacional que até à data ainda não se tinha encontrado baralhou os dados. Acabou por conseguir inverter a situação, com duas justas vitórias perante a Rússia e sobre a Espanha, neste último caso naquele que foi provavelmente o jogo mais conseguido da Selecção e a «primeira final» deste Euro.

Após a fase de grupos, de onde saiu como primeira classificada no seu grupo, Portugal encontrou a Inglaterra naquele que foi um dos jogos mais entusiasmantes deste Euro. A vitória de Portugal, conseguida nas grandes penalidades, foi justa e merecida saindo mais uma vez ilesa da sua «segunda final».

Nas meias finais Portugal encontraría a Holanda, na sua «terceira final». A vítória sobre a Laranja Mecânica foi uma vez mais, justa e merecida, com um resultado tangencial que não reflecte o domínio e superioridade da selecção Nacional pagando de forma sofrida um auto-golo que quase relançava o jogo.

Recordemos então os resultados de Portugal que o trouxeram à final definitiva:

Portugal 1 - 2 Grécia
Portugal 2 - 0 Rússia
Portugal 1 - 0 Espanha
Portugal 2 - 2 Inglaterra (6-5 em penalty's)
Portugal 2 - 1 Holanda

A Caminhada da Grécia: Partindo do mesmo grupo de Portugal, a Grécia não era considerada uma favorita apesar de ter feito vida negra à Espanha na fase de apuramento. No primeiro jogo surpreendía e batía Portugal apresentando em campo uma equipa mais imprevista. Terá sido a vitória mais merecida da Grécia pelo seu arrojo e, em grande medida, o jogo que colocou a Grécia nos quartos-de-final. Nos jogos seguintes a Grécia retornou ao seu estilo de futebol e geriu os resultados. Frente à Espanha obteve um empate, um resultado que nesta altura era bom para a Grécia e que complicava a vida - mais uma vez - à Espanha. Partiu para o jogo frente à Rússia quase apurada portanto e deu-se mesmo ao luxo de... perder.

Passou assim a fase de grupos em segundo lugar no seu grupo encontrando nos quartos-de-final a sempre favorita França. Mas uma França uns furos abaixo daquilo a que nos habituou nos últimos anos que não foi «galo» para uma Grécia muito bem estrutura, com um futebol bastante defensivo mas muito pensado, treinado, trabalhado. É claramente uma selecção que estuda os adversários e tenta destruir/anular as suas armas e capacidades. Não faz o jogo dos adversários, não!... Não será um futebol bonito de se ver, mas que é eficaz lá isso é!

Mas a maior prova estava para vir: nas meias-finais a Grécia encontra a República Checa. Ora, a República Checa era já nesta altura e a par de Portugal, reconhecidamente a selecção com o melhor futebol e a grande favorita para a final. Mas mais uma vez a Grécia surpreendeu. Não se impõe aos adversários. Faz antes um jogo muito próprio, de grande paciência e concentração. A Republica Checa entrou a todo o gás e a Grécia destruiu quanto pode. Leva o jogo a prolongamento e é aí então que mostra os dentes e dá o litro. A Republica Checa fica também pelo caminho...

Recordemos então os resultados da Grécia que a trouxeram à final definitiva:

Grécia 2 - 1 Portugal
Grécia 1 - 1 Espanha
Grécia 1 - 2 Rússia
Grécia 1 - 0 França
Grécia 1 - 0 República Checa

Não foi fácil nem facilitado o caminho para cada uma destas selecções. Qualquer uma delas está aqui com mérito e «abateu» pelo caminho grandes favoritos como a Espanha, a Inglaterra, a França, a República Checa ou a Holanda!

Vamos lá à Final então!

Portugal: Ricardo; Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Nuno Valente; Costinha; Luís Figo, Deco, Maniche e Ronaldo; Pauleta.

Grécia (equipa provável): Nikopolidis; Seitaridis, Dellas, Kapsis e Fyssas; Katsouranis, Giannakopoulos, Zagorakis e Basinas; Charisteas e Vryzas.

Árbitro: Marcus Merk (Alemanha).


Resultados das Votações Futebol-Online

Na véspera da Final do Euro, o rescaldo das votações colocadas aqui no Futebol-Online:

Os escolhidos de Scolari

A esmagadora maioría concordou em traços gerais com as escolhas de Scolari. Ao todo, 83% votaram favoravelmente (50% concordaram com a maior parte das escolhas e 33% concordaram na totalidade). Os votos desfavoráveis acabaram por não ser significativos, tendência que já se fazia sentir antes do início da campanha.


Guarda-Redes Titular

Era o tópico mais sensível muito embora Ricardo tenha apagado todos os fantasmas com uma performance impecável - em grande nível mesmo - na campanha do Euro2004. Mas uma temporada hesitante não favorecia as expectativas e na votação aqui disponibilizada 51% votaram a favor da titularidade do jovem Moreira e apenas 42% na titularidade de Ricardo. Quanto a Quim, foi um verdadeiro outsider nesta votação...

Provavelmente hoje os resultados teríam sido diferentes.

Em breve serão disponibilizados novos tópicos para votação.


quinta-feira, julho 01, 2004


A Selecção um a um...

Ricardo - 8
Quem diría que após uma época tremida, Ricardo aparecería no Europeu em grande nível. E que nível. Não tem culpas de novo auto-golo sofrido e esteve bem em praticamente todos os lances onde foi chamado a intervir. Até numa saída da área onde afastou a bola de cabeça. Entre os postes não foi muito solicitado e limitou-se a seguir os remates com os olhos... para fora.

Miguel - 8
Voltou a uma grande noite. Esforçado na tarefa defensiva, para a qual Scolari lhe chamou particular atenção mesmo durante o jogo, secou Robben, um dos esperados terrores holandeses onde além da capacidade de corte, a velocidade de Miguel foi preciosa para igualar a do seu adversário directo. Ainda assim, apesar de limitado nessas tarefas, surge em velocidade a apoiar Figo num contra-ataque naquela que foi uma das melhores jogadas de Portugal neste registo de contra-ataque.

J.Andrade - 8
Tremenda infelicidade de Jorge Andrade no lance do auto-golo que, deve-se dizer... não passou disso mesmo: um azar. Esteve bem ao longo da partida, mesmo depois desse lance onde se notou uma reforçada vontade de «fazer bem». A ele coube a tarefa de secar Nistelrooij e mais tarde Makaay... e secou!

R. Carvalho - 9
Começa a ser difícil arranjar palavras para descrever o melhor defesa central do mundo. Esteve irrepreensível em quase todos os lances, sempre com entradas e cortes preciosos. Com ele no centro da defesa a selecção nacional tem ali um muro quase intransponível. Volta a mostrar os seus dotes de jogo de cabeça, capaz de roubar bolas a... Nistelrooij.

N.Valente - 8
Mais um notável jogo de Nuno Valente que tem primado por uma regularidade impressionante. Esteve excelente nas tarefas defensivas anulando Overmars e apesar de maiores dificuldades ao nível da velocidade, dado que não partilha da mesma eficiência de Miguel nesse capítulo, compensou com a sua capacidade de posicionamento e com a sua premanente atenção ao jogo. Ficou muito limitado a subir...

Maniche - 9
O momento do jogo parte dos seus... Monumental Golaço!... Provavelmente o melhor golo do Euro, um tiro de levantar o estádio ao qual nem os holandeses devem ter ficado alheios. De resto, o jogo passou um pouco menos por ele do que o habitual devido a uma maior acção interventiva de Figo e mesmo de Deco que tomaram conta do jogo e da posse da bola. Continuou impecável no passe e na movimentação no terreno quer no apoio ao ataque quer no apoio à defesa. Está ainda presente numa grande jogada de entendimento com Deco onde ofereceu o golo a Pauleta mas que Van der Sar defendeu por instinto.

Costinha - 8
De volta ao Costinha que já conhecemos: discreto mas eficiente e omnipresente a eliminar jogadas de perigo e no trabalho de recuperação de bola. Possivelmente o melhor jogo de Costinha ao longo do Euro2004. Jogo de grande regularidade...

Figo - 9
O melhor jogo de Figo neste Euro com lances a fazer lembrar os seus momentos áureos. Ficou mais uma vez demonstrada a sua ainda enorme valia. Já sabemos que Figo quer sempre fazer mais. Por vezes não consegue. Ontem conseguiu. E que Figo tivemos, a romper nos contra-ataques, a movimentar-se em grande nível na área e a lançar ao poste, a jogar os 90 minutos em grande nível. Na fase final do jogo a jogar inteligentemente impondo calma e a tentar segurar a bola. Esteve presente em praticamente todas as melhores jogadas de Portugal. O seu lugar na selecção é ainda indiscutível!

Deco - 8
Um grande jogo de Deco. Entrou em grande nível e só na fase final acusou o esforça, notando-se claramente estar esgotado. Não é caso para menos. Logo no início de jogo centra para a área e se Pauleta lhe chegava... Mais tarde, marca irrepreensivelmente o canto que dá o primeiro golo. Outra grande jogada de entendimento com Maniche quase dava golo. À medida que o jogo se foi desenvolvendo foi-se remetendo para tarefas mais defensivas: trabalho de recuperação de bola e corte de jogadas de perigo. No final faltou-lhe «um bocadinho assim» para fazer o terceiro. Tería sido um prémio merecido por tudo o que Deco tem feito neste Euro2004.

C.Ronaldo - 8
Mas que grande jogador se tem revelado este Cristiano Ronaldo. É certo que craque já sabíamos que era. Mas precioso e enérgico ainda estava por demonstrar. Numa grande iniciativa de Figo viu o golo passar-lhe à frente uns centímetros. O primeiro golo, de canto, nasce de um lance trabalhado por ele, de insistência e de técnica que conduziria ao canto. Na execução do livre usou a cabeça e fez golo. Atento, num outro canto, colocou a bola num Maniche completamente liberto para tentar o segundo. E foi mesmo...

Pauleta - 7
Pauleta precisava de marcar um golo para se transformar. Animicamente, os seus índices estão relativamente baixos. Mas continua a tentar e teve duas oportunidades. Numa delas, a sorte não lhe sorriu e Van der Sar defende por insitinto. Noutra, está excelente na movimentação, isola-se mas chuta praticamente à figura de Van der Sar. Em outros lances andou perto da bola mas chegou atrasado umas duas ou três vezes. O golo andou perto dele ontem mas ainda não foi desta!

Nuno Gomes - 6
A melhor jogada de Nuno Gomes dá-se na grande área num atraso para Maniche que rematou forte mas à figura de um defesa. O resto do trabalho de Nuno Gomes foi um trabalho de pressão sobre o jogador na posse da bola logo na zona defensiva holandese. E isso foi fazendo bem. Para mais, nem teve oportunidades.

Petit - 8
Petit entrou para tarefas obviamente defensivas, reforçando e refrescando o meio campo defensivo. A sua presença em campo foi notada e para os Holandeses tornou-se ainda mais difícil chegar à grande área.

Fernando Couto - 7
Entrou ao cair do pano para reforçar o muro que estava instalado em frente da grande áera. Ainda teve tempo para nos por de nervos em franja com uma falta em frente à grande área a dar origem a um perigosíssimo livre. Foi mais um homem a tapar o caminho da bola para a baliza e cumpriu essa função.


Faz-se História: Portugal 2 - 1 Holanda

E pela primeira vez Portugal chega à Final de uma grande prova internacional de Selecções: Portugal está na Final do Europeu!

Já ninguém se lembra das duas derrotas com a França em meias-finais em 84 e 200 e da derrota com a Republica Checa nos Quartos-de-Final em 96. Porque hoje tudo isso foi suplantado...

É certo, o jogo não foi tão emocionante como o Inglaterra-Portugal. Em grande medida porque não entramos a perder, mas antes entramos bem e a marcar relativamente cedo, aos 26 minutos. E com diversas oportunidades para ampliar até ao intervalo. E o melhor estava para vir: aos 58 minutos, selando um domínio em qualidade de jogo e em oportunidades flagrantes de golo, Maniche aponta aquele que é provavelmente o golo do Europeu!

Mas se este Europeu tem decorrido, para nós Portugueses, sob a estrela do sofrimento, hoje não havería de ser diferente: aos 63 minutos, num momento de infelicidade, Jorge Andrade acaba por marcar um auto-golo. Tería sido um golo de belo efeito se entrasse na baliza contrária. A selecção tremeu aí e ressentiu-se psicologicamente. Esse momento marca uma viragem do jogo e a partir daí a nossa selecção foi-se refugiando progressivamente na defensiva mas sempre conseguindo deferir os ataques holandeses. Em boa verdade, apesar da enorme pressão holandesa, praticamente não houve oportunidades de golo e, provavelmente onde residiu a diferença essencial entre as duas selecções, Portugal foi muito eficiente a defender.

Estamos na Final e amanhã conheceremos o nosso adversário...


terça-feira, junho 29, 2004


À terceira é de vez?

Portugal está pela terceira vez, e segunda consecutiva, nas meias finais do Europeu. É ainda a terceira vez consecutiva que Portugal passa a fase de grupos da fase final do Europeu.

Vale a pena recordar as anteriores honrosas participações de Portugal no Europeu:

EURO-84 / França
Portugal atinge as meias-finas onde defronta a França.
Portugal 2 - França 3 (prolongamento)


EURO-2000 / Bélgica-Holanda
Portugal atinge as meias-finas onde defronta novamente a França.
Portugal 1 - França 2

E ainda uma referência para o Euro-96/Inglaterra em que Portugal atinge os quartos-de-final onde é eliminada pela Republica Checa (0-1). Também por aqui sería um ciclo fechado em chave d'ouro caso Portugal atingisse a final: quartos, meias e final em três europeus consecutivos!


domingo, junho 27, 2004


Uma forcinha por Portugal!

No site oficial do Euro2004 encontram-se vários jogos online onde Portugal surge de uma forma generalizada bem classificado. O resultado mais curioso é o da Bulgária que lidera em toda a linha depois de no campo - não virtual - ter tido a prestação mais desastrosa do Euro2004.

Numa das versões - Volley - pretende-se que o jogador chute de primeira fazendo o golo. Nesta modalidade, os «artilheiros virtuais» portugueses ocupam de momento a 4ª posição na geral.

Noutra versão - Free Kick - o objectivo é marcar um livre directo, existindo naturalmente barreira. Também aqui os «artilheiros virtuais» portugueses seguem em 4º lugar.

Ainda uma outra versão, esta mais completa como jogo de futebol - Sixes - apresenta-nos um campo completo e duas equipas de 6 jogadores, havendo aqui lugar ao jogo de equipa e às jogadas individuais. Nesta modalidade, os craques virtuais portugueses não se estão a dar tão bem. Ainda assim, encontram-se em 6º e em vias de disputar a 5ª posição com a França.

Agora, dê lá uma forcinha por Portugal!


sábado, junho 26, 2004


Bolsas de Apostas - Portugal e Rep.Checa favoritos!

Com a eliminação dos dois principais favoritos - França e Itália - as tabelas das Bolsas de Apostas estão agora completamente reorganizadas. As grandes favoritas são agora Portugal e a República Checa onde certamente já terá um grande peso a própria prestação durante este Euro2004, principalmente pela parte da Republica Checa. Ambas pagam agora um pouco mais de 3 vezes o valor apostado.

Ainda antes do jogo desta tarde que coloca Holanda e Suécia frente a frente e de onde sairá o próxima adversário de Portugal, a Holanda surge como a segunda grande candidata a pagar 5 vezes. Segue-se lhe a Grécia - a grande surpresa do Euro2004 - a pagar 8 vezes e por fim, a Dinamarca e a Suécia a pagar 11 vezes.


sexta-feira, junho 25, 2004


A Selecção um a um...

Ricardo - 9
Um dos heróis da noite senão o herói da noite. Ricardo reconsciliou-se com o Portugal do Futebol depois de uma época irregular e uma titularidade muito discutida. Ontem esteve grande. Gigante mesmo. Tirar as luvas, defender o penalty e marcar o seguinte que sela a passagem ficará para a história do futebol em Portugal.

Miguel - 7
Não foi a noite de Miguel. Faltou-lhe esclarecimento e uma jogada marca a noite: entra na área e nem passem nem remata nem cruza nem nada e perde naturalmente a bola. Mas lutou e imprimiu a sua habitual velocidade.

J.Andrade - 8
Sempre em grande nível, muito atento, rápido e precioso, principalmente quando a defesa de Portugal estava desfalcada em virtude das várias subsitituições que levaram à saída de Miguel e Costinha. Compensou ainda as subidas de Nuno Valente sempre que necessário. Algumas dificuldades a acompanhar a velocidade são compreensíveis tendo em conta quem eram os adversários.

R. Carvalho - 9
Mais uma grande noite de Ricardo Carvalho (escolhido pela UEFA como o Melhor em Campo) que além de central ainda fez, sempre que necessário, de lateral direito a compensar as subidas de Miguel ou a sua ausência após a substituição. Defesa central que faz do não ser faltoso a sua imagem de marca, só fez falta (o que lhe custou um amarelo) quando tal era absolutamente necessário. O melhor defesa central do mundo é português.

N.Valente - 8
Jogou em toda a linha, defendendo - no que esteve impecável - e subindo para ajudar a criar problemas pelas alas à armada defensiva inglesa. Esteve em grande nível, está claramente em grande forma e a sua entrega ao jogo é notável.

Maniche - 9
O «homem-passe» volta a estar em destaque. No conjunto de todos os jogos continua a ser o jogador mais regular e mais precioso da Selecção Nacional. E pensar que este para não ser convocado. Hoje, é indiscutível titular e não sai nem por subsitituição. O jogador mais completo da selecção nacional está presente na zona defensiva para o trabalho de recuperação de bola, está no meio campo servindo de charneira para a circulação da bola (é o jogador português com mais passes correctamente e um dos melhores do torneio nesse aspecto), remata e até faz de ponta-de-lança quando a oportunidade se propicía. A sua energia e entrega parece não ter fim, tenham os jogos quantos minutos tiverem. Na hora dos penalty's não falhou!

Costinha - 7
Noite infeliz de Costinha que está envolvido logo aos 3 minutos no lance que dá origem ao golo da Inglaterra, num atraso deficiente que acaba por colocar a bola nos pés de Owen. Mas melhorou ao longo da noite principalmente no trabalho de recuperação de bola e corte de jogadas de perigo, até ser substituído.

Figo - 7
Não foi a noite de Figo, definitivamente. Ineficaz, ainda foi driblando quando tinha energias mas com o decorrer do jogo a sua produção caíu a olhos vistos com o prejuízo de querer sempre obrigar o jogo a passar por si empatando a selecção numa altura em que estavamos sem soluções. Devería ter sido substituído mais cedo e está na base do pior momento da selecção, completamente encravada à entrada do meio campo inglês sem conseguir chegar de forma eficiente à grande área. Era preciso desligar o complicador e jogar simples e rápido!

Deco - 8
A Deco as coisas também não correram muito bem. Ainda assim o jogo fluía melhor quando a bola passava pelos seus pés. Foi precioso sabendo recuar e operar numa zona mais defensiva quando a selecção, em virtude das substituições, começou a ficar desiquilibrada nesse sector. Aguentou os 120m e a sua presença em campo foi sempre justificada. Na hora dos penalty's não falhou!

C.Ronaldo - 9
Grande noite de Cristiano Ronaldo. O jovem jogador continua a demonstrar falta de maturidade e de visão de jogo. Ainda não sabe jogar para a equipa e o seu maior pecado é querer fazer tudo sozinho vezes demais. Mas, entrega, energía, velocidade e vontade de vencer ninguém pode acusar que lhe falta. No prolongamento parecía ainda ter a energia inicial e uma agradável surpresa: Cristiano Ronaldo sabe substituir os defesas quando necessário. Na hora dos penalty's não falhou!

Nuno Gomes - 7
O problema de Nuno Gomes continua a ser a finalização. Bom trabalho a recuar e a promover o entendimento entre o meio campo e a linha mais avançada mas deficiente finalização. No final acusou a falta de energias. O jogador que mais se ressentiu fisicamente.

Simão Sabrosa - 8
Entretou muito bem e foi determinante para o golo do empate que deu direito ao prolongamento. A passagem às meias-finais passa definitivamente por ele. O momento do jogo é a bola teleguiada para a cabeça de Postiga. Na hora dos penalty's não falhou!

Helder Postiga - 9
Absolutamente determinante, Postiga entra para marcar o golo. Ponto final. Portugal transfigurou-se com a sua entrada e ganhou em esclarecimento e capacidade de finalização. Na hora dos penalty's... deu um hino ao futebol!

Rui Costa - 9
Golaço!... É a descrição da prestação de Rui Costa. Golaço!... E não merecía ter falhado o penalty.


quarta-feira, junho 23, 2004


Portugal 8 - 7 Inglaterra : Sofrido mas merecido...

A história do jogo começa aos 3 minutos onde um mau atraso de Costinha coloque a bola nos pés de Owen que não desperdiça e marca um golo de grande classe. Estava a Inglaterra a ganhar 1-0...

E assim continuaría por muito e muito tempo. Muito tempo de luta e domínio da selecção de Portugal, com mais de 60% de posse de bola e com mais do dobro dos remates da equipa inglesa. Claro está que o futebol pragmático dos ingleses criaram alguns calafrios.

O golo não surgia contudo e em grande medida porque a selecção jogava mais com o coração do que com a cabeça notando-se falta de esclarecimento em diversas situações que poderíam ter alterado a história do jogo mais cedo. A falta de esclarecimento notou-se ainda mais na metade inicial da segunda parte onde, apesar de manter a posse da bola, a selecção não criava situações ou quando as criava, desbaratava-as.

Era necessário alterar as peças do jogo, introduzir frescura no sector atacante e Scolari fê-lo. E foi arrojado. Tirou Figo e Costinha e colocou Simão e Postiga. E como isso alterou a história do jogo. Não tardou muito que uma iniciativa de Simão Sabrosa colocasse a bola na cabeça de Postiga que por sua vez já levava o selo e endereço da baliza inglesa. E não se estraviou. Aos 83m era o 1-1...

E quanto mais avançava o relógio maior era o domínio avassalador de Portugal. Foi determinante o facto do golo de Portugal surgir já depois de Ericsson ter esgotado as subsituições e ter estruturado a equipa para defender o 1-0. Como soluções atacantes tinha um Vassel e um Owen esgotados... ao ponto de se desiquilibrarem sozinhos ao correr atrás da bola. Já não tinham pernas!

O esforço defensivo da inglaterra obrigou ao prolongamento e é aos 110 minutos que Rui Costa faz o 2-1 num dos melhores golos da sua carreira. Descaído sobre a esquerda corre com a bola, ao seu estilo, aguenta uma carga posiciona-se para o remate e coloca a bola dentro das redes, ainda a tirar tinta à trave. Indefensável...

Ericsson nem quería acreditar!... Mas estava terminado?... Não!... Num canto, uma Inglaterra já impotente chega com alguma felicidade - e ingenuidade também pela falta de marcação ao jogador britanico - ao 2-2!

A eliminatória sería decidida por penalty's. Beckham é o primeiro e falha o terceiro penalty consecutivo ao serviço da selecção. Tanto melhor para Portugal. Chegaría a vez de Rui Costa que falhou um penalty que não merecía falhar. Hoje ele foi grande!...

Mas o melhor estava para vir: Postiga, naquele que é um dos melhores momentos do Euro, marca um penalty divinal. Senta o guarda-redes e pergunta-lhe para que lado ele quer. O movimento do corpo é 5 estrelas e senta completamente o guarda-redes no chão. O resto é colocar a bola na rede com a maior frieza do mundo. Um hino ao futebol!

Mas estava na hora de terminar com o sofrimento. Como tal, Ricardo tira as luvas e mete as mãos ao trabalho, isto é, desvia a bola para fora. Depois dirige-se para a marca de grande penalidade e mete-a dentro das redes, pois claro. Já chegava, estava na hora de ir toda a gente embora!

Espera-nos a Holanda ou a Dinamarca nas meias finais.


Grupo A - Rescaldo

Por - 6
Gré - 4
Esp - 4
Rus - 3

Os favoritos do grupo eram a Espanha e Portugal. A Russia era a menos cotada e a Grécia um outsider que tinha feito a vida negra à Espanha na fase de apuramento e que já se sabia, defendia bem e podería surpreender.

E surpreende mesmo, logo no primeiro jogo, vencendo por 2-1 Portugal - muito frágil nesse jogo e com escolhas discutíveis no onze inicial - e dando logo ali um passo de gigante para o apuramento para os quartos de final. Por seu turno, a Espanha começava com uma vitória tangencial e pouco convincente sobre a Rússia mas não comprometia as suas hipóteses.

Na segunda jornada Portugal, transfigurado, defronta e bate claramente a Rússia por 2-0 e recoloca-se na corrida. A Russia estava eliminada. No outro jogo a Grécia empatava com a Espanha com 1-1 e praticamente garantía a passagem à fase seguinte.

A vitória de Portugal frente à Espanha por 1-0 arrumaría então a Espanha e permitiría uma passagem justa e merecida a um Portugal em crescendo que defrontou em grande nível uma Espanha receosa e recolhida. No outro jogo a já eliminada Rússia até venceu a Grécia de forma algo surpreendente por 2-1 pelo que o empate chegaría à Espanha. Mas Portugal, fortíssimo, não permitiu tal veleidade...

A Rússia foi uma justa eliminada. Alenitchev foi provavelmente o jogador da formação Russa que mais brilhou no conjunto dos 3 jogos. A Espanha de Casillas, Joaquin, Valeron, Fernando Torres, Raul, Morientes e Vicente desiludiu a Europa do Futebol não se conseguindo impor de forma categorica em nenhum dos jogos e apenas vencendo a Rússia de forma tangencial. O regresso a casa acaba por ser justo. Casillas esteve em grande no jogo contra Portugal.

A Grécia acaba por justificar a passagem. Demonstrou que não veio brincar ao Euro2004 e até já há quem a considere uma das candidatas. O seu ponto forte é a coesão defensiva. Vários jogadores se destacaram mas Setairidis apontado como reforço do F.C.Porto ficou certamente na retina. Defrontará a França nos Quartos de Final.

Portugal entrou muito mal. De favorito passa a desilusão e de desilusão passa de novo a favorito. Excelente a forma como se ergueu e recuperou da adversividade. Acaba a primeira fase em primeiro lugar no grupo e em crescendo no que à qualidade de jogo diz respeito. No conjunto dos 3 jogos Maniche (considerado o melhor em campo no jogo frente à Rússia) talvez tenha sido o jogador português mais importante. Deco e Ricardo Carvalho estiveram em grande nível nos minutos que estiveram em campo e Jorge Andrade esteve sempre bastante regular e em crescendendo. Defrontará a Inglaterra nos Quartos de Final.


segunda-feira, junho 21, 2004


A Selecção um a um...

Ricardo - 8
A melhor exibição de Ricardo até ao momento no Euro2004. Sendo verdade que não foi muito solicitado, tem uma saída da área que salvou um enorme calafrio e esteve seguro todo o jogo. Contagiado pelo espírito de grupo e pela confiança dos colegas, ficaram esquecidas as irregularidades e os momentos menos felizes de Ricardo nos últimos tempos.

Miguel - 8
Este bastante bem, mesmo no aspecto defensivo que não é o seu ponto forte. Tem um excelente remate na primeira parte que só não dá em golo porque um senhor de nome Casillas - provavelmente o melhor jogador em campo da selecção espanhola esta noite - não o permite. Sempre a imprimir velocidade e a recuar rapidamente quando necessário. Já na ponta final serve Maniche que falha, de cabeça, de forma tangencial.

J.Andrade - 9
Excelente noite de Jorge Andrade. Cortes magistrais, grande momento de forma e uma parelha de luxo com Ricardo Carvalho com o qual demonstra um grande entendimento. Mas que luxo de centrais!...

R. Carvalho - 10
O melhor defesa central do mundo nas palavras de um grande senhor de nome... Paulo Sousa (RTP1). Que mais dizer?...
O melhor jogador em campo (muito embora a UEFA tenha optado por Deco) fez de tudo, desde cortes magistrais a evitar golos feitos na baliza portuguesa. Sentido de posicionamento perfeito e uma entrega total: até aos lances de fora de jogo ele se fazía.

N.Valente - 8
Grande noite de Nuno Valente, que nas palavras de José Mourinha (TVI) é um jogador muito subvalorizado. Grande visão de jogo e muita segurança e experiência a proteger a bola e a defender quando necessário. O que lhe falta em técnica compensa em visão, sentido de posicionamento e entrega ao jogo. Sempre que pode ainda tentou servir o golo. Em grande momento de forma...

Maniche - 9
O «homem passe» por onde o jogo passa irremediavelmente, que defende e faz de ponta de lança sempre que necessário no primeiro caso e sempre que a oportunidade se lhe proporciona no segundo. Esteve a cheirar o golo por duas ou três vezes. As mais flagrantes foi um cabeceamento a tirar tinta à trave - servido por Miguel - e um contra-ataque onde foge a toda a gente e depois atira à baliza para a baliza espanhola ser salva milagronsamente in-extremis por um defesa espanhol. Excelente a recuperar bolas, excelente a circular o jogo e como já vai sendo habitual uma entrega total do princípio ao fim do jogo. Só ainda não lhe saiu um remate daqueles. Beneficía do e beneficío o grande entendimento no meio-campo. Grande cumplicidade e compromisso com Deco e Costinha e agora... com Figo. Que já faz parte deste «grupo de amigos». Grande meio campo!

Costinha - 8
Costinha tem vindo a melhorar de jogo para jogo e hoje sim, esteve ao nível que se lhe reconhece. Grande visão, grande capacidade de recuperação de bolas, grande entrega e grande presença. Aquele Costinha, o tal Ministro!...
Tem cheirado o golo e é mais um do ramalhete que só não marcou porque... Casillas não deixou!

Figo - 8
A melhor exibição de Jogo. Já aqui refería nos comentários ao desastroso PortugalxGrécia: o grande problema de Figo é que tem de estar bem acompanhado. Quando tenta fazer tudo sozinho borra a pintura. Quando está bem acompanhado sobe de produção que é uma coisa incrível. Grande noite de Figo, a um nível que provavelmente muitos já não lhe descobriam. Grande livre que não deu em golo porque mais uma vez Casillas não permitiu e outras tantas situações que nem dá para contar. Grande noite de Figo. Esteve no golo Portugal, primeiro na tabelinha com Nuno Gomes e depois a baralhar a defesa... sem bola!

Deco - 9
O homem da noite segundo a UEFA, Deco teve ontem a sua melhor noite ao serviço da Selecção. O entendimento entre Deco e Figo é cada vez maior. Fintou, recuperou e ainda retocou a pintura com faltas cirúrgicas. Grande trabalho de protecção de bola e a pautar o jogo já na ponta final quando tal era bem necessário.

C.Ronaldo - 8
Era uma das poucas agulhas que faltava acertar: neste momento C.Ronaldo apresenta índices de produção bem superiores aos de Simão Sabrosa. Tem ainda uma grande virtude: leva toda a gente à frente dele e outros tantos atrás. Excelente no um para um, leva a defesa à frente dele. Um, dois, três... Quantos forem precisos. E com este espírito leva atrás dele todo a restante selecção. Está em grande forma e só peca por exagerar no individualismo aqui e ali. Compensa com as jogadas de insistência e com a velocidade que imprime ao jogo.

Pauleta - 6
Uma das agulhas que ainda falta afinar é a posição do ponta de lança. As capacidades de finalização de Pauleta e o sentido de golo são indiscutíves mas um momento de forma menos bom e um deficiente entendimento com os restantes do onze (nota-se que Pauleta acaba sempre muito isolado do resto da equipa) tem levado a que ele não tenha sequer oportunidades de enjeitar a bola para dentro das redes. E não é que ele não as procure.

Nuno Gomes - 8
Melhor entendimento tem conseguido Nuno Gomes que acaba por levar a melhor apesar de apresentar uma taxa de eficácia bastante baixas. Continuam os falhanços imperdoáveis a um ponta-de-lança. Mas no golo esteve muito bem onde grande parte do mérito do mesmo é dele. E só o golo vale muito...

Petit - 7
Entrou quando Portugal começava a defender o resultado e para segurar o meio campo nos aspectos mais defensivos. Cumpriu a função, pressionando o adversário e conseguindo desarmes preciosos no pouco tempo que esteve em campo!

Fernando Couto - 7
Com muito do seu brio em jogo, o que se disse para Petit aplica-se ao Fernando Couto. Entrou com uma função e cumpriu-a. Havia que compensar e equilibrar unidades na zona defensiva dado que a Espanha colocava toda a carne no assador com a entrada de Morientes. Acabou a intervir no jogo positivamente e foi mais um dos que ajudou a segurar o resultado na ponta final.


Triunfo Popular: Portugal 1 - 0 Espanha

Foi sem dúvida alguma a melhor exibição de Portugal neste Euro2004 e também a melhor exibição de Portugal desde há muito a esta parte, talvez só comparável ao último Portugal-Brasil.

A imagem que fica nesta altura é a de que quanto mais Scolari cede à vontade popular melhores os resultados e a prestação da Selecção. Jogadores como Maniche, Ricardo Carvalho ou Deco... a quem poucos minutos eram dados ou nenhuns, são agora as pedras fundamentais e titulares indiscutíveis na selecção.

A presença de Portugal neste Euro2004 tem tido uma nota ascendente, curiosamente ao contrário da da Espanha agora eliminada que começou com uma vitória tangencial frente à Rússia, um empate frente à Grécia e termina agora com a fatal derrota frente a Portugal.

Por seu turno, Portugal iniciou-se com uma prestação desastrosa frente à Grécia que terminou com uma derrota por 1-2, seguiu-se uma clara melhoría que deu em vitória frente à Rússia. Ainda assim teríam ficado algumas reticências nesse jogo, principalmente na segunda parte onde a prestação da selecção contra uma Rússia reduzida a 10 elementos foi sofrível com perda clara de rendimento.

Hoje porém, (quase) tudo correu bem. A selecção esteve ao mais elevado nível que podemos augurar. A entrega e as exibições conseguidas de praticamente todos os jogadores...

Esta defesa e meio campo fortemente apoiadas na (ex) equipa de Futebol Clube do Porto é outra fruta. Em grande medida pelos próprios índices de confiança e motivação que acabam por contagiar outras elementos como o Guarda-Redes Ricardo (em excelente nível hoje) e o próprio Figo, tantas vezes apagado nos encontros mais recentes, a reaparecer a um grande nível.

Agora é os «Quartos» e torcer para que a chama não se dissipe. Porque assim... estamos como o aço!...


quinta-feira, junho 17, 2004


A Selecção um a um...

Ricardo - 6
Esteve bem e não comprometeu. Poucas vezes foi solicitidado e quando foi respondeu à altura, tanto nos remates como nas saídas.

Miguel - 6
Ao nível de Paulo Ferreira. Esteve bem quer a subir no terreno quer no trabalho defensivo e integrou-se bem na equipa.

J.Andrade - 7
Regular como sempre, voltou a ser aquele defesa central que já conhecemos. Ao nível do primeiro jogo onde já tinha sido um dos melhores portugueses em campo. Óptimos entendimento com Ricardo Carvalho, sobrou-lhe o lado esquerdo onde esteve irrepreensível mesmo quando teve de «substituir» Nuno Valente na tarefa defensiva junto à linha lateral.

R. Carvalho - 8
O melhor na defesa e um dos melhores em campo: é absolutamente indispensável pela sua segurança e pelo momento de forma que atravessa. Claramente superior a Fernando Couto, jogador que subsitituiu no «onze inicia» quer ao nível da velocidade quer ao nível do corte. Excelente entendimento com Jorge Andrade. Grande dupla de centrais!

N.Valente - 7
Melhor que Rui Jorge: melhor integração na equipa e exibição mais conseguida. Foi o autor de um excelente remate que obrigou o guarda-redes russo, Malafeev, a dar tudo o que tinha para a desviar para canto.

Maniche - 8
No conjunto dos dois jogos, pela sua regularidade e entrega é claramente o melhor jogador português. Voltou a estar muito bem e a autoría do primeiro golo é dele numa excelente execução, rotação dentro da área... à ponta-de-lança. Foi considerado pela UEFA o melhor em campo. E pensar que este jogador esteve em risco de não ser convocado!

Costinha - 6
Melhor do que no primeiro jogo: mais seguro e regular, numa exibição mais ao seu nível. Bom trabalho de recuperação de posse de bola e, claro está, grande entendimento com Maniche.

Figo - 7
Esteve bem e voltou a demonstrar ser um dos jogadores mais empenhados. A exibição foi mais conseguida tão somente porque os restantes 10 estavam também eles a um melhor nível já que no primeiro jogo apenas o podemos acusar de ter tentado fazer mais do que realmente conseguía... sozinho.

Deco - 8
Durante o primeiro tempo foi claramente o melhor em campo e a entrada em grande da selecção deve-se em grande medida a ele. Excelente a partir para a frente com a bola e grande empenho a vir atrás buscar a bola sempre que é preciso. Está em grande forma e a sua exibição faz subir a olhos vistos a produção da selecção. No segundo tempo esteve mais apagado não comprometendo contudo a exibição. Só pela maior regularidade Maniche lhe leva para já o troféu do jogador mais valioso da selecção.

S.Sabrosa - 6
Uns furos acima do primeiro jogo, com mais entrega e intervenção no jogo. No entanto a equipa continua a ganhar em iniciativa e velocidade com a entrada de Cristiano Ronaldo. Pouca resistência ao «choque».

Pauleta - 5
Continua a não ter grandes oportunidades para brilhar. Esteve no entanto num dos mais importantes momentos do jogo ao conseguir «arrancar» uma expulsão ao guarda-redes russo (aparentemente mal apontada).

Nuno Gomes - 5
Bom nas «tabelinhas» mas muito mal na finalização a lembrar o Mundial de 2002. Não que esteja num mau momento de forma pois nos restantes aspectos do jogo tem estado a bom nível. Mas um ponta-de-lança não pode falhar oportunidades destas...

Rui Costa - 6
Muito criticado no primeiro jogo, entrou com vontade de demonstrar o quanto (ainda) vale. Mas foi mais vontade do que realização. Acabou por se redimir ao cair do pano com um excelente passe para Cristiano Ronaldo e depois na introdução da bola na baliza, selando a vitória.

C.Ronaldo - 7
Foi determinante no segundo golo acabando assim associado a um dos melhores momentos da selecção. Velocidade, muita entrega e uma excelente assistência para o golo de Rui Costa. Justificava-se uma entrada mais cedo no jogo...


Renasce a Esperança: Portugal 2 - 0 Rússia

Portugal entrou a matar frente à Rússia, completamente transfigurada face à equipa que se apresentou frente à Grécia, quer na atitude quer no «onze titular».

Finalmente surpreendendo, Scolari fez uma mudança radical, principalmente no sector mais recuado, colocando quatro caras novas: Miguel na vez de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho na vez de Fernando Couto, Nuno Valente na vez de Rui Jorge e Deco na vez de Rui Costa.

Não só mudaram as caras como mudou a atitude: Portugal entrou claramente mais confiante e sereno e as coisas correram, logo de início, bastante melhor.

E numa sequência natural dos acontecimentos logo aos 7 minutos Portugal converteu em golos a superioridade que a todos os níveis se fazia sentir. Na fase inicial do jogo Portugal chegou a ter mais de 60% de posse de bola e pode-se dizer que os Russos «nem a víam». Maniche, o melhor jogador português no conjunto dos dois jogos, converteu em golo num excelente remate à meia volta no interior da área uma bola que tinha partido dos pés de Deco.

A defesa esteve muito mais segura com a presença de Ricardo Carvalho e os laterais estiveram bem: Miguel ao nível de Paulo Ferreira e Nuno Valente claramente mais interventivo e com uma exibição mais conseguida do que a de Rui Jorge. Nuno Valente viría a ser o autor de um excelente remate que obrigou o guarda-redes russo a dar tudo o que tinha para afastar a bola para canto.

Quanto a Deco... foi o Mágico. Principalmente na primeira meia-hora, Deco foi o grande maestro que levou a selecção para a frente e, quando necessário, que recuou para dar uma ajuda na recuperação da posse da bola.

À medida que o tempo foi avançando a nossa selecção baixou de produção o que foi particularmente notório na segunda-parte, jogando contra uma Russia limitada a 10 elementos por expulsão de Ovchinnikov que parece ter sido mal assinalada pois visionadas as repetições parece não existir toque do braço com a bola, fora da área.

Portugal chegou mesmo a passar por alguns calafrios e foi já ao cair do pano que Rui Costa fez um excelente passe para Cristiano Ronaldo que por sua vez devolveu a Rui Costa que, ao seu melhor nível, a colocou dentro das redes redimindo-se assim das exibições menos conseguidas e selando ali a vitória.

Agora... venha a Espanha que será aí que tudo se decidirá. Portugal tem de vencer ou acaba-se o Europeu para os nossos rapazes.


terça-feira, junho 15, 2004


Bolsas de Apostas - Portugal desce para o meio da tabela...

Finda a primeira ronda Portugal desce nas Bolsas de Apostas como provável vencedor do Euro2004 estando agora sensivelmente ao mesmo nível da Républica Checa e da Suécia agora a pagar 15x enquanto a França, após a vitória por 2-1 frente à Inglaterra mantém a liderança a pagar 4x.

Além da França, ainda a Itália e a Espanha (a pagar 5x), a Holanda (11x), a Inglaterra e a Alemanha (13x) encontram-se agora à frente de Portugal nas tabelas das probabilidades.

O maior prémio vai para uma mais que improvável vitória da Letónia cujo prémio passou agora de 200x para 500x o valor apostado!


Rescaldo dos 6 primeiros jogos

Portugal 1 - 2 Grécia
Já foi aqui bastante comentado. O resultado do jogo inaugural constituiu uma surpresa (a primeira do Euro2004), inclusivamente para os próprios gregos.
Melhor em Campo (votação UEFA) - Theodoros Zagorakis

Espanha 1 - 0 Rússia
Não foi um grande jogo e a Espanha decepcionou esperando-se um domínio maior sobre a Rússia. A Rússia não surpreendeu pela positiva mas também não ficou aquém daquilo que se esperava.
Melhor em Campo (votação UEFA) - Vicente Rodríguez

Suiça 0 - 0 Croácia
Até ao momento, um dos piores jogos do Euro2004. Fraco, fraco com a Croácia de quem se esperava algo mais a surpreender pela negativa e a não conseguir superiorizar-se à Suíça mesmo tendo jogado grande parte da segunda-parte com surperioridade numérica.
Melhor em Campo (votação UEFA) - Jörg Stiel

França 2 - 1 Inglaterra
O primeiro jogo emocionante do Euro2004. Jogo muito equilibrado com uma Inglaterra a jogar despreconceituosa e a conseguir colocar-se em vantagem com um bom golo. Mais tarde, a Beckham teve nos pés a oportunidade de aumentar a vantagem para 2-0 mas Barthez foi «maior do que a baliza». Já em período de descontos a França deu a volta ao resultado com dois minutos fantásticos: um livre impecavelmente executado por Zidane e um penalty (bem assinalado) que Zidane não desperdiçou bastaram para resolver o jogo a favor da França.
Melhor em Campo (votação UEFA) - Zinedine Zidane

Dinamarca 0 - 0 Itália
Esperava-se um pouco mais da Itália e da Dinamarca não se esperava uma «laranja tão mecânica». Sem «grandes estrelas» e sem «nomes sonantes», a Dinamarca apresentou-se em campo dominadora e com excelente controlo de bola batendo claramente a Itália na posse da bola. Grandes, grandes foram os guarda-redes (ambos). Buffon e Sorensen foram claramente os melhores em campo com um punhado de grandes defesas que fizeram com que o excelente jogo a que se assistiu não se reflecti-se no resultado. O zero-a-zero nada diz sobre a qualidade de jogo. Talvez o melhor jogo do Euro2004 até ao momento.
Melhor em Campo (votação UEFA) - Thomas Sørensen

Suécia 5 - 0 Bulgária
A primeira goleada do Euro2004. Porém o resultado não traduz as reais proporções do desiquilibrio entre as duas equipas. Na realidade o resultado é demasiado pesado para uma Bulgária que entrou dominadora no jogo e resistiu e tentou reagir até ao segundo e terceiro golo (marcados no espaço de um minuto). A partir daí tornou-se difícil para a Bulgária manter os elevados níveis de motivação sem que se possa dizer porém que tenha baixado completamente os braços. Um Super-Larsson a surpreender o Europeu depois de ter sido necessária uma petição nacional para ele regressar à selecção sueca.
Melhor em Campo (votação UEFA) - Henrik Larsson


domingo, junho 13, 2004


A Selecção um a um...

Ricardo - 5
Como grande parte da equipa revelou nervosismo. Não teve responsabilidades na derrota nem nos dois golos sofridos.

P.Ferreira - 5
Falhas pouco habituais. Culpas no primeiro golo pelo mau passe. Melhorou na segunda-parte e fez boas assistências que não tiveram o melhor seguimento.

J.Andrade - 6
O esteio na defesa, claramente o mais regular nesse sector. Esteve muito perto de marcar num excelente remate.

F.Couto - 3
Grande jogador... de outros tempos. Culpas no primeiro golo pela forma como (não) se fez à bola. É um crime deixar Ricardo Carvalho no banco.

R.Jorge - 4
Pouco confiante e com uma falha muito idêntica à de Paulo Ferreira que felizmente teve melhor desenlace.

Maniche - 6
Lutou, lutou, lutou. Rematou, rematou, rematou. Excelente no passe como sempre. Mas eram precisos mais 10 em campo de corpo e alma...

Costinha - 5
Irregular e uns pontos abaixo daquilo a que nos habituou. Contágio na certa!

Figo - 6
Inconformado como (quase) sempre. Lutou, lutou, lutou. Mas não tem idade nem para ser o carregador de piano da selecção nem para driblar (sozinho) meia equipa adversária.

Rui Costa - 3
Sem magia torna-se difícil justificar a sua presença em campo. Rui Costa é uma boa opção... para o banco.

S.Sabrosa - 4
Não está em boa forma. Não tem lugar no onze inicial. Falta-lhe velocidade e iniciativa. A produção da selecção com a sua substituição por Cristiano Ronaldo foi bem evidente.

Pauleta - 5
Em dia não para toda a selecção não foi ele o salvador. A pontaría também não esteve muito acertada. O entrosamento com Nuno Gomes simplesmente não existiu.

Deco - 7
O melhor jogador "português" em campo. A qualidade de jogo subiu a olhos vistos na segunda-parte com a sua entrada mas... já era tarde. O jogo já estava estragado. Tem de entrar de início!

C.Ronaldo - 6
Olhando à prestação da concorrência tem lugar como titular. Culpas no segundo golo em virtude de uma falta ingénua, fruto da inexperiência. É pouco consequente mas trabalha bastante e tem velocidade e iniciativa. Põe as defesas adversárias em sentido.

Nuno Gomes - 6
Não esteve mal e atravessa um bom momento de forma. No entanto, o entrosamento com Pauleta não podía ter sido pior. Aparentemente, o jogo com a Grécia foi o primeiro (mau) treino para rotinar este esquema de jogo com dois pontas-de-lança.


Rescaldo do Portugal x Grécia... Menos Ais!

Com todo o respeito pelo que estes jogadores já deram pela selecção, em particular nos Euro 96 e 2000, já se devería ter percebido há muito que está mais do que na hora de mexer nos intocáveis.

É, perdoem-me a expressão, criminoso deixar Ricardo Carvalho sentado no banco. É um desperdício de recursos Deco não entrar de início e entrar apenas na segunda parte quando o jogo já está estragado. O mesmo se aplica a Cristiano Ronaldo numa selecção que necessita de (mais) velocidade...

A minha sugestão para o Portugal x Rússia, que dificilmente será a equipa titular de Scolari:

Ricardo; P.Ferreira, R.Carvalho, J.Andrade, N.Valente; Maniche, Costinha; Deco, Figo, C.Ronaldo e Pauleta.

Sem pruridos, desprezar a coesão e entrosamento da meia equipa do F.C.Porto (Campeão Europeu de Clubes, Bi-Campeão Nacional, Vencedor da Taça UEFA 2002/2003 e da Taça de Portugal 2003) é, no mínimo, falta de bom-senso.

Introduzir na equipa titular jogadores em clara baixa de forma ou numa fase descendente da sua carreira em que nem sequer sentem a necessidade de se mostrarem à Europa do Futebol é outra falta de bom-senso.

A Portugal, em particular na primeira parte, faltou tudo desde a velocidade, passando pelo entrosamento até à pressão sobre a equipa adversária. Na segunda parte algumas peças chave foram alteradas e a melhoría foi notória. Ainda assim faltou a organização e, não menos importante, do outro lado estava uma equipa que fazía o seu jogo com as coisas a correr de feição - defendíam com tudo o que tinham, pressionavam e quebravam o ritmo de jogo constantemente.

Da «velha guarda» é Figo o que ainda tem lugar na equipa. Não pode é ser ele o carregador de piano. Sobe claramente de rendimento (como se viu ainda no jogo amigável da semana passada) com a entrada de Deco.

Não pode é ter toda a pressão do jogo nos seus ombros e ter de driblar sozinha meia equipa adversária. Mas por alguns momentos que teve na Selecção e no Real Madrid ainda esta temporada (onde no final da época acabou por sair incólume apesar da desastrosa época do Real onde nomes como Beckham, Zidane e Ronaldo foram criticados) ainda tem classe e lugar na Selecção.

Quanto a Fernando Couto, um dos melhores centrais que Portugal já teve, e Rui Costa, um dos melhores médios criativos que Portugal já teve, definitivamente não têm lugar no onze inicial principalmente quando no banco estão nomes como os de Ricardo Carvalho e de Deco.

Simão Sabrosa não está em grande forma. Tem sido visível nos jogos da Selecção e foi visível na ponta final da temporada do Benfica. Cristiano Ronaldo tem mais iniciativa e mais velocidade.

Nuno Gomes é uma forte alternativa para uma configuração com dois pontas de lança. Está em boa forma. Não se pode é assistir à falta de organização chocante a que assistimos quando Cristiano Ronaldo faz dois centros para a grande área e Pauleta e Nuno Gomes estão os dois no primeiro poste e... ninguém no segundo.

Difícil será justificar ainda a titularidade de Rui Jorge. Nuno Valente não será muito dotado tecnicamente mas vem de uma temporada em grande nível e com índices de confiança certamente superiores aos de um apagado Rui Jorge, sombra de outros tempos.

Argumentava-se que se tratavam de jogos amigáveis. Quando fosse a valer iríam mostrar a sua garra. Ficou demonstrado que nos jogos amigáveis deram tudo o que tinham para dar e que o primeiro jogo a valer não foi mais do que uma extensão dos jogos amigáveis. Tudo na mesma. O mesmo tipo de falhas. A mesma exibição decepcionante...

Receava-se que chegassemos ao Europeu com os nossos jogadores desgastados e em baixa de forma. Pelo menos 6 dos convocados foram Campeões Europeus de Clubes há menos de um mês atrás...

Meus senhores. Temos grandes valores e até jogamos em casa. Não se pede muito. Apenas... Menos Ais!


sábado, junho 12, 2004


Resultado Histórico: Portugal 1 - 2 Grécia

Um resultado histórico: a primeira vitória da Grécia em fases finais e a primeira derrota no jogo de abertura do país organizador.

Quanto ao futebol propriamente dito, já todos tinham visto excepto aqueles que não queríam ver: Portugal não tem uma equipa, tem valores mas não tem organização, coesão e entrosamento.

Duas substituições ao intervalo e outra aos 60 e poucos minutos demonstram o quão errada estavam as escolhas iniciais de Scolari optando por jogadores em clara baixa de forma e introduzindo as alternativas quando o jogo já está transformado e descaracterizado.

Após uma série de jogos amigáveis em que a selecção não convenceu e só conseguiu vitórias contra equipas francamente inferiores, o primeiro jogo a valer foi não mais do que uma extensão desses mesmos jogos onde os índices de entrega, de motivação, de confiança e mesmo de fio de jogo foram semelhantes: muito, muito baixos.

A Grécia calou Portugal - a equipa «extremamente defensiva» marcou dois golos e a selecção do «excesso de médios ofensivos» ficou a zero.


sexta-feira, junho 11, 2004


Scolari Confirma - Maniche Titular

Na conferência de imprensa desta tarde, na véspera da abertura do Euro2004 e do jogo Portugal x Grécia, Scolari confirmou a entrada de Maniche de início em lugar de Petit dando ainda a entender que os restantes dez seríam os mesmos que entraram titulares frente à Letónia no jogo do último Sabado.

Assim, prevê-se que o onze titular frente à Grécia seja o seguinte: Ricardo; Paulo Ferreira, Fernando Couto, Jorde Andrade e Rui Jorge; Costinha, Maniche, Figo, Rui Costa e Simão Sabrosa; Pauleta.

Scolari justificou ainda que a entrada de Maniche se justifica pelo estilo de jogo dos gregos, muito defensivo, e que Maniche é um jogador que sobe mais e que arrisca remates de longa distância com mais frequência. Sugeriu ainda que podería optar por outra alternativa noutros jogos...


quinta-feira, junho 10, 2004


Espanha x Rússia na noite de Sábado...

As probabilidades neste desafio tendem claramente para nuestros hermanos com as Casas de Apostas a pagar cerca de 1.65x pelo vitória da Espanha, 3.25x pelo empate e 5.25x pela vitória da Rússia.

Curiosamente valores bastante idênticos aos apresentados para o desafio Portugal x Grécia.


quarta-feira, junho 09, 2004


Jogo de Abertura - Portugal x Grécia

Portugal é considerado favorito no Jogo de Abertura do Euro2004 frente à Grécia. As Casas de Apostas pagam 1.6x pela vitória de Portugal, 3.3x pelo empate e quase 6.0x pela vitória da Grécia.

Um desiquilíbrio que talvez seja exagerado perante o potencial das duas equipas dado que a Grécia foi uma das equipas sensação na fase de apuramento tendo por exemplo eliminado a poderosa Turquia.


terça-feira, junho 08, 2004


Sub21 batem Suécia - Portugal nos Jogos Olímpicos

Portugal 3 - 2 Suécia
Sub21 em 3º Lugar e apurados para os Jogos Olímpicos


Foi o jogo do tira-teimas e a sorte sorriu a Portugal. Não foi fácil pois os Suecos marcaram primeiro. Portugal chegaría ao empate por penalty (apontado por Hugo Viana) e acabaríam a virar o resultado com excelente golo de Jorge Ribeiro. Mas no último minuto a Suécia reempatava a partida e obrigava à realização de um prolongamento. E sería nesse prolongamento que o golo de Carlitos colocaría Portugal nos Jogos Olímpicos.

Foi um percurso complicado onde nem tudo correu bem a uns Sub21 claramente desfalcados em detrimento de alguns jogadores convocados à Selecção A. Mas o prémio é merecido pois os pupilos de José Romão acreditaram sempre e nunca baixaram os braços...


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